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Estufa Ecológica
Uso eficiente do bambu em bioconstruções

Dimensões (modelo CPRA):      7,0 m x 12,0 m = 84m²



Época de colheita: Os meses entre maio a agosto são menos propensos ao ataque de insetos. É importante ainda observar a fase da lua, sendo a minguante a mais indicada, a fase crescente e cheia são ruins.

Escolha do colmo: O corte deve ser realizado em pés com no mínimo 3 anos.

Tratamento: Os tratamentos mais utilizados são o fogo direto, com lança-chamas ou fogo dentro de um tambor, limpando-se os resíduos e o açúcar que é expelido na superfície do colmo, com um pano embebido em óleo diesel. Outro tratamento que utilizamos bastante é a imersão total dos colmos em água por um período de 20 a 30 dias e posterior secagem a sombra. No tratamento com imersão em água pode ser utilizado tanino em uma concentração de 5 a 10%, ou bórax (micronutriente) em uma concentração de 5%, por 15 dias de imersão.

RELAÇÃO DE MATERIAIS:
- 14 toras ou vigas de 0,9 x 0,15m, para apoiar os pés direito de bambu;
- 34 torinhas ou vigotas de 0,9m x 0,10m, para apoiar os arcos de bambu da
cobertura;
- 34 colmos ou varas de bambu de 7,0m x 0,06m, para os arcos da cobertura;
- 14 peças de bambu de 2,5m x 0,12m, ou mais larga, para os pés direitos;
- 05 peças de bambu de 4,0m x 0,10m, para as linhas das tesouras (travessas no
sentido da largura);
- 08 varas de bambu de 3,5m x 0,10m, para as travessas longitudinais (laterais);
- 04 varas de bambu de 3,5m x 0,10m, para a cumeeira;
- 05 peças de bambu de 1,2m x 0,10m para o pendural (pontalete) da tesoura e 20
peças de 2,5m x 0,05m, para travamento das tesouras, linhas laterais e cumeeira;
- 30 m de ripa de 1 pol x 2 pol e 30 m de matajunta ou sarrafo, para fixação do
plástico da cobertura, cortinas e sombrite;
- Filme agrícola AD 8,0m x 150 micra p/ estufa, com 20m de comprimento;
- Filme agrícola AD 2,0m x 100 micra p/ cortina, com 25m de comprimento;
- Faixa de fixação 0,20mm x 0,20m em plástico, com 90 m de comprimento;
- 12 peças de barra rosqueada 5/16” galvanizada, com 1,0m de comprimento;

Dica importante: O bambu não tem muita durabilidade em contato direto com a terra, por este motivo recomenda-se a utilização de mourões de madeira para apoiar o bambu. Algum agricultor tem preferido utilizar algum produto impermeabilizante nos bambus, mas ainda não temos dados sobre a durabilidade. Estes produtos podem contaminar o ambiente, portanto não o recomendamos.

CRÉDITOS: CENTRO PARANAENSE DE REFERÊNCIA EM AGROECOLOGIA – CPRA







Agricultura familiar, a favor da vida, do meio ambiente, da sustentabilidade

Embora a sociedade tenha, cada vez mais, tido claras evidências do papel estratégico da agricultura familiar no combate à fome e à miséria, sua contribuição fundamental para garantir a soberania alimentar do país, e promover a implantação de um novo modelo desenvolvimento, pautado pela sustentabilidade, nós, enquanto representantes de cerca de 11 milhões de pessoas da agricultura familiar, temos a obrigação de trazer para o debate e esclarecer aqueles que desconhecem, a diferença crucial entre o atual modelo de produção desenvolvido pelo agronegócio e a produção familiar.

Na atual conjuntura, em que a discussão no mundo se dá acerca da necessidade de empreender a preservação ambiental para garantir a existência do planeta e conseqüentemente das futuras gerações; de adotar medidas que minimizem o aquecimento global e os efeitos das mudanças climáticas; da importância da produção de alimentos saudáveis sem o uso de agrotóxicos que, se utilizados, contribuem para o caos na saúde pública, a agricultura familiar prova ser a alternativa que deve receber investimentos e ser fortalecida para que esses objetivos sejam atingidos.

A agricultura familiar é alicerçada em princípios que estabelecem uma relação harmoniosa do homem com o meio ambiente, para que ele possa retirar o sustento da terra sem que para isso, tenha que acabar com os recursos naturais. A sustentabilidade que essa forma de produzir promove é o que irá garantir a continuidade das próximas gerações. Incentivar e fortalecer a agricultura familiar é o que trará o desenvolvimento construído na base da responsabilidade social, ambiental e econômica.

Responsável por 70% da produção de alimentos do país, a agricultura familiar busca empregar cada vez mais práticas agroecológicas de produção, com a criação de quintais agroflorestais, produtos orgânicos, etc.

Para isso, os movimentos sociais representativos dos trabalhadores na agricultura familiar, como a FETRAF, lutam para que sejam instituídas políticas públicas diferencias para o setor que gera mais empregos por hectare nas propriedades, são 15 a cada 100 ha.; e embora utiliza 24% de toda a terra no Brasil, dispõe apenas de 14% do crédito do governo federal para fomento e fortalecimento da atividade que alimenta o país.

Nessa perspectiva, nosso trabalho consiste em conquistar e ampliar as conquistas já obtidas na tentativa de melhorar a qualidade de vida e as oportunidades no campo. O meio rural brasileiro precisa de políticas públicas de crédito, acesso à terra, saúde, educação. É para que haja menos desigualdade no campo e a efetivação de um modelo de desenvolvimento que não seja alicerçado na concentração de terra, no crescimento dos mais ricos em detrimento dos pobres, que nos engajamos em tornar evidente a necessidade de uma política diferenciada para a agricultura familiar.

Como exemplos, das conquistas do movimento social, destacamos o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que possibilita a comercialização de produtos da agricultura familiar e a destinação destes, à população em situação de insegurança alimentar e/ou à criação de estoque de alimentos.

Conseguimos a inserção da agricultura familiar no Programa Nacional de Alimentação Escolar, onde com a lei 11.947/09, os agricultores familiares dispõem de mais um meio de comercializar os produtos. As administrações municipais são obrigadas a comprar no mínimo 30% dos produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar e; o Programa Garantia de Preços Mínimos para Agricultura Familiar (PGPM).

Isso significa que, junto ao governo federal, foi possível estabelecer um preço mínimo de compra para produtos da agricultura familiar de forma que estes levassem em conta a escala e os custos de produção. Essa medida proporcionou aos produtores a possibilidade de disputar o mercado com o agronegócio com condições mais justas.

No acesso à terra, a FETRAF além de proponente de modelo de desenvolvimento embasado na desburocratização do acesso e efetividade da reforma agrária, atua como difusora do Programa Nacional de Crédito Fundiário ao desenvolver o projeto de promoção e adesão ao crédito fundiário. Auxiliamos os agricultores para que possam ter acesso ao crédito para à partir da aquisição da propriedade, obter melhoria da qualidade de vida.

A nossa concepção de produção, a caracterização da agricultura familiar é única, diferenciada, inclusiva e sustentável. É a favor da vida, do meio ambiente, da igualdade de gêneros e oportunidades para os trabalhadores e moradores do campo.

FONTE: FETRAF


Mostra Tecnológica realizada na Agro Centro-Oeste Familiar contribuiu para fortalecer o diálogo entre universidade e comunidade 
Por Jaqueline Telis
Fotos: Tiago Gebrim

O trabalho no campo necessita de maquinários para melhorar a produtividade e facilitar a produção de alimentos. Muitas vezes os agricultores não têm condições de pagar por tecnologias que auxiliem nos trabalhos no campo, e dessa forma, é preciso ter criatividade para pensar soluções práticas para o dia-a-dia.
Sabendo disso, o Grupo de Ensino, Pesquisa e Assistência Técnica à Agricultura Familiar (GEPAAF) da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da UFG (EA) realizou na manhã de sábado, 16/06, a Mostra Tecnológica em uma tenda próxima ao Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, localizado no Câmpus Samambaia. Oito projetos foram apresentados por estudantes da UFG e do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), vindos de Goiânia e interior de Goiás.

Pessoas que assistiram às apresentações das tecnologias puderam fazer perguntas e sugerir melhorias aos estudantes


Rodeados de olhares curiosos, os estudantes expuseram suas tecnologias explicando e demonstrando seu funcionamento, como haviam sido desenvolvidas, o custo de produção e implantação. Os agricultores, estudantes e professores presentes puderam tirar dúvidas e fazer sugestões que poderiam melhorar a eficiência das tecnologias.
Os trabalhos foram avaliados por quatro agricultores de diferentes cooperativas e um professor. Eles escolheram as melhores tecnologias de acordo com os seguintes critérios: criatividade, custo benefício, facilidade de uso e utilidade na agricultura familiar.
Os projetos envolveram conhecimentos de estudantes oriundos de diversos cursos, tais como Agronomia, Ciências da Computação, Engenharia Florestal, Ambiental e Elétrica. Entre os oito projetos apresentados estiveram um mini-poço artesanal, uma proposta de produção de hortaliças em ambiente protegido e um sistema para gerenciar banco de sementes crioulas.

Os estudantes Ranieri Ramadham apresentou o "Mini-poço Artesanal" e Ricardo Ferreira apresentou o "Elevador de Água"

Outro projeto, intitulado “Elevador de Água” ficou em terceiro lugar entre os vencedores da mostra. Ele foi apresentado pelo estudante de Agronomia, Ricardo Ferreira, mas foi desenvolvido em conjunto com outros estudantes e um servidor técnico-administrativo da UFG. De acordo com Ricardo Ferreira, o Elevador de Água pode substituir a bomba d’água em cisternas ou poços artesianos, sendo de muita utilidade em residências que carecem de energia elétrica. Além disso, pode ser feito a partir de peças de baixo custo encontradas em lojas de materiais para construção.

O segundo lugar ficou com o trabalho “Inversor de Voltagem” do estudante Bruno Cezar Alves. O inversor transforma a energia de baterias de veículos, rodas d’água entre outras fontes de energia contínua de 12 volts em energia alternada de 220 volts. Dessa forma, a energia pode ser utilizada para ligar aparelhos de televisão ou lâmpadas, por exemplo. De acordo com o estudante, o aparelho tem sua utilidade, sobretudo, em locais onde não há eletricidade.

O Inversor de Voltagem apresentado por Bruno Cezar Alves ficou em segundo lugar na Mostra Tecnológica

O primeiro lugar na Mostra Tecnológica foi do projeto apresentado pela estudante Juliana Marques Ferrari: “Biodigestor”. O projeto, de autoria de Juliana em conjunto com outros estudantes, produz biogás a partir da fermentação de dejetos de animais e de lixo orgânico. Além do gás, o processo tem como resultado da fermentação um líquido que serve como biofertilizante, podendo ser usado como adubo em plantações, sem que haja dessa forma, necessidade de utilização de agrotóxicos.

Juliana Marques Ferrari conquistou o primeiro lugar na Mostra Tecnológica com o Biodigestor

O agricultor Fábio Antônio da Cooperativa de Agricultura Familiar de Itapuranga (Cooperafi) se interessou pelo trabalho “Biodigestor”, pois, segundo ele, contribuiria para baixar custos na pequena propriedade tendo em vista que produz gás e fertilizante. O agricultor Antônio Machado da Cooperativa de Pescadores de Uruaçu (Cooperpesca), outro avaliador da Mostra Tecnológica, também escolheu o biodigestor como sendo a tecnologia mais interessante, mas não deixou de apontar a qualidade de outros projetos. “Também gostei do ‘Mini-poço Artesanal’, que é uma invenção muito boa e viável em algumas regiões. No entanto, em terras onde o solo tem muitas pedras é um pouco complicado de ser aplicado. Todas as invenções são importantes, algumas, porém, não são novidades. De modo geral, essas tecnologias certamente melhoram muito a vida do pequeno produtor”, comentou.

 Avaliadores atentos às explicações dos estudantes

Os projetos escolhidos pelos avaliadores nos primeiros lugares receberam câmera fotográfica, uma cesta de bombons e um vale presente de uma loja de livros. Além disso, todos receberam certificados de participação na Mostra.

FONTE: Ascom UFG


O GEPAAF parabeniza a todos os ganhadores da I Mostra tecnológica Familiar. 


Atuação do GEPAAF no diagnóstico das Propriedades de Agricultores Familiares Tradicionais da Região de Caturaí -GO e Inhumas-GO.



A nova frente de atuação da assistência técnica do GEPAAF, está sendo trabalhada em duas cidades próximas à Goiânia, sendo elas Inhumas e Caturaí. A economia das duas cidades gira em torno da agricultura, sendo elas, grandes produtora de leite, milho, feijão e cana de açúcar, sendo que a agricultura familiar se sobressai na produção principalmente do milho, feijão e leite.
As atividades do GEPAAF quanto a esta frente de trabalho, estão sendo idealizadas desde o final do ano de 2011, onde o grupo, conversando, resolveu estender os trabalhos e experiências a outras realidades além das já conhecidas e trabalhadas em assentamentos rurais da reforma agrária, e assim conseguir interpretar as necessidades de cada agricultor familiar desde o modo de produção até a comercialização, aprimorando cada vez mais nossa assistência.
A primeira visita se deu no dia trinta de abril de 2012, o intuito desta visita foi fazer o diagnóstico da propriedade junto ao agricultor e família. Das quatro famílas assessoradas, sendo duas em caturaí e duas em inhumas, conseguimos fazer o diagnóstico em duas, uma em cada cidade, nas outras duas não conseguimos devido às atividades externas dos agricultores, na ocasião.
O sítio Inajá, propriedade do Sr. Moisés Correia, no município de Caturaí, foi a primeira visitada. A principal atividade da propriedade é o leite. O produtor já recebe assistência técnica de veterinário e zootecnista para esta atividade. Além do gado de leite, Sr.Moisés, tem planos de construir uma mini - granja de galinha caipira e fazer o reflorestamento de mata ciliar de um pequeno riacho que passa em sua propriedade. Na agricultura, o produtor cultiva milho e sorgo para ensilagem.
As propostas do GEPAAF para esta propriedade foi: Fazer um projeto de recuperação da mata ciliar do riacho com espécies arbóreas frutíferas, de preferência nativas do cerrado, elaborar um sistema de bebedores para os piquetes da propriedade, já que por hora, o gado vai até a aguada beber água e desta forma, assorea o pequeno córrego. E elaborar e acompanhar o projeto de granja de galinha caipira.
O segundo sítio visitado foi o sítio Capoeirão, do Sr. Antônio Ribeiro. O agricultor cultiva laranja, mexerica, feijão, mandioca e parte da propriedade é arrendada para seu vizinho, produtor de quiabo. Na produção animal ele faz a recria de animais e os vende na idade de abate.
 As propostas do grupo para este produtor foi: Realizar a análise química de solo da área de mexerica, que apresenta sintomas de deficiência de boro, verificada o engrunhamento de folhas jovens, e também analise da área de pastagem para verificação de possíveis deficiências químicas, e análise física para verificação de possível compactação.
A leitura crítica da equipe do GEPAAF sobre o assessoramento das famílias da região foi a seguinte: tivemos boa aceitação dos agricultores quanto às nossas propostas, os agricultores em geral possuem um manejo de produção já estabelecido, sendo que as principais atividades das propriedades são realizadas a muito tempo, o que nos dá uma grande responsabilidade, melhorar o sistema produtivo, sendo ele já consagrado e com poucas imperfeições.
 Sem dúvidas, esta frente de trabalho do GEPAAF nos trará uma gama de experiências e novos conhecimentos advindos da união da grande experiência dos agricultores assessorados e dos novos conhecimentos, metodologias e tecnologias da academia.
No dia doze de maio de 2012 foi a nossa segunda visita à região. Começamos por visitar a Granja Fleury, no município de Goianira, a equipe ficou impressionada com a simplicidade e funcionalidade do sistema. Esta granja nos servirá de modelo para assessorar os nossos produtores avicultores.
 Em seguida voltamos a caturaí e repassamos as informações obtidas na granja, o agricultor ficou muito entusiasmado com a pequena infra-estrutura que se precisa e a produção conseguida com ela, repassamos as opções de frutíferas que dá pra ele plantar na área de mata ciliar, informamos a data da próxima visita e rumamos para inhumas.
A segunda visita do dia foi à propriedade do Sr. Eurípedes Ribeiro em caturaí, a propriedade é bem diversificada, a principal atividade é o leite, além disso o agricultor mantém uma criação de suínos e de frango caipira solto, lavoura de milho doce e cajueiros. O agricultor quer nossa assessoria na construção de um galinheiro, no manejo de suínos, já que o próprio produtor julga a atividade não rentável por conta do gasto com a alimentação não controlada, no manejo do gado, o produtor precisa ter um controle de quantidade de leite tirada por ele diariamente. Os pés de caju apresentam uma doença fungica, e a equipe pegou amostras da folha doente para análise em laboratório.
A propriedade visitada em Inhumas neste sábado foi a do Sr. Sebastião Beca, as principais atividades desenvolvidas por ele é o cultivo de quiabo e o cultivo de milho doce. Além disso, ele tem um montante de gado leiteiro, somados 28 cabeças, o leite é tirado manualmente, e apenas quando dá tempo, em alguns momentos de muito trabalho, como plantio e colheita, falta mão de obra e ele prioriza as agriculturas e deixa de lado o leite. Na propriedade também se tem um pequeno pomar de laranja e mexerica, ele cria suínos para a subsistência e possui um tanque para criação de peixes, que também serve para a subsistência e comercialização do excedente.
Estava em pauta visitar o Sr. Antônio Ribeiro para a contagem do gado, porém na ocasião ele estava muito ocupado colhendo mexerica e achou melhor voltarmos depois.
A crítica da equipe sobre esta visita é que foi bem proveitosa, já que deu para sentirmos as oportunidades de melhorias para produção em cada propriedade. Esperamos realizar um trabalho satisfatório com as particularidades de cada agricultor. Como já dizemos entre nós, vontade de trabalhar é o que não falta!!!!
A equipe é formada por um médico veterinário formado: Danilo Marques Leal, dois estudantes de medicina veterinária: Alexandre Alberto das Dores e Rafael Francisco F. Corrêa, e uma estudante de agronomia: Gessyane Guimarães Ribeiro. Periodicamente temos a colaboração do Leonardo Arão Pimenta de Brito, estudante de Engenharia Florestal.

Att, Gessyabe Guimarães

Assentados transformam mel em cosméticos
Barbatimão, aroeira e própolis também são ingredientes que compõem os produtos. A iniciativa vem dos assentamentos Rio Claro e Santa Rita, localizados no município de Jataí

Quem passar pela Agro Centro-Oeste Familiar, de 13 a 16 de junho, poderá se surpreender com o uso dado ao mel produzido em assentamentos da reforma agrária em Goiás. Mais que um alimento gostoso, nutritivo e saudável, o mel tornou-se produto de higiene e cosmético, por meio do trabalho de homens e mulheres rurais.
Moradora do Assentamento Rio Claro, em Jataí, Lázara Batista dos Santos é uma das expositoras selecionadas pelo Incra para a Agro Centro-Oeste Familiar. Ela mostrará ao público o sabonete íntimo fabricado com barbatimão, aroeira, mel e própolis; a cera depilatória a base de mel; e o gel esfoliante de mel, base gel, própolis e microesferas.
Ainda é parte da lista de produtos o spray bucal feito com mel, própolis, extrato de romã, malva, gengibre e essência de néctar. “Sei que poderemos fabricar muito mais com o mel que, em breve, deverá ser a atividade principal das nossas famílias”, diz Lázara, que se formou em dezembro de 2011 no curso de Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
A atividade apícola nos assentamentos Rio Claro e Santa Rita, ambos em Jataí, é apoiada pela UEG, que desenvolveu com os assentados a barrinha de cereal e a trufa de mel, produtos que também estarão na Agro Centro-Oeste Familiar. O projeto das famílias assentadas, denominado Desenvolvimento Sustentável, foi contemplado pelo Programa Nacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em 2010, com R$ 25 mil.
Lázara relata que o recurso foi utilizado para construir caixas (colmeias), adquirir centrífuga, decantadores, baldes de inox e uma mesa desoperculadora, usada para escorrer e filtrar o mel. Todos os equipamentos estão permitindo às trabalhadoras rurais manipular o mel com higiene e sem desperdício. “Na safra de 2011, coletamos 200 quilos de mel e promovemos uma feira para comercializar a produção. Para setembro deste ano, que é o mês da safra, estamos esperando obter pelo menos 300 quilos”, planeja a assentada.

Fonte: Ascom/Incra



Agricultura familiar já produz 70% dos alimentos consumidos no mercado interno do país.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse nesta terça-feira (5), no programa de rádio Bom Dia, Ministro, que a agricultura familiar é a grande responsável pela segurança alimentar da população brasileira, produzindo 70% dos alimentos consumidos no mercado interno do Brasil. Em razão disso, as alterações introduzidas no Código Florestal diferenciaram as exigências de preservação ambiental para esses pequenos proprietários, para garantir, além da preservação do meio ambiente, a inclusão social e a segurança alimentar dos brasileiros.
A diretriz que a gente estabeleceu foi, em primeiro lugar, preservar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações e, em segundo lugar, garantir a produção de alimentos saudáveis, para a segurança alimentar da população brasileira. Buscamos, ainda, garantir uma inclusão social importante no Brasil, disse o ministro.
De acordo com o ministro, todos os produtores terão que contribuir para a preservação ambiental e recompor vegetações nativas que tenham sido suprimidas. Só que o pequeno produtor, que é o que mais produz alimentos para o mercado interno, terá que recompor menos. Quem tem mais terra, recompõe mais. Quem tem menos terra, recompõe menos, explicou Vargas.
O ministro falou ainda da ferramenta virtual Rede Brasil Rural, criada com o objetivo de ofertar produtos da agricultura familiar, ajudando a impulsionar suas vendas. A Rede foi anunciada em dezembro do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff e entrou em operação em março.
Atualmente, segundo o ministro, estão cadastradas 481 associações e cooperativas de agricultores familiares, que representam quase 200 mil agricultores. Quando se compra este produto diretamente em seu território, se gera renda para seu próprio município, acrescentou.
Fonte: Portal do Planalto